quinta-feira, 28 de maio de 2009

Um dia na creche

O sol ainda mal acabou de nascer. Mas, na creche, as funcionárias já estão de braços bem abertos para receber os “filhos da casa”. É mais um dia da semana, mais uma quarta-feira do mês, mais um dia do ano. A rotina repete-se. Os meninos vão chegando uns a seguir aos outros. Uns mais cedo, outros mais tarde, no entanto, até às 9h30 da manhã, todos tinham já ocupado o cabide da sua mochilinha, pois o horário de entrada é uma das regras da creche que desde sempre já se habituaram a cumprir.
O ambiente na sala é terno, mas ao mesmo tempo barulhento.

Oiça!


Não seria de esperar outra coisa, com 14 crianças a brincar e a partilhar brinquedos e brincadeiras entre si. A auxiliar e a educadora estão presentes, para os ajudar e corrigir naquilo que for necessário. A Fatinha, como os meninos a tratam, é vista como a coleguinha mais velha da sala. O relógio já marca 9h. Para aqueles meninos que já chegaram é hora do complemento alimentar. Todos ordenados e sentados recebem o reforço alimentar da manhã.

Entretanto, a campainha não pára de tocar, e o resto dos amiguinhos que ainda não chegaram vão chegando. São 9h30 da manhã, de mochila às costas vemos o Rui a entrar com uma carinha de sono. As crianças brincam e entretêm-se com os jogos, nos cantos da sala. O da cozinha está já ocupado pelo Gonçalo e pela Margarida.
A manhã vai já a meio, são horas das actividades orientadas.



A brincadeira deixa de ser livre e a educadora pede a colaboração de todos: “Vamos arrumar os brinquedos nos seus sítios? Vamos pôr tudo onde estava.”
As crianças de imediato obedecem e começam a organizar a sala, uns mais desenrascados, outros com mais dúvidas: “Está bem arrumado, está?”, pergunta um menino.

Como faltam apenas alguns dias para a Páscoa, a educadora ajuda as crianças a fazer ovinhos em papel, com os seus nomes. “Luís, olha, essa ponta do papel não está bem posta”, avisa.
Já falta pouco mais de uma hora para o almoço. Entretanto, os miúdos saem para o recreio. “Gosto muito do escorrega”, exclama o Ricardo.
As crianças sentem-se bem ao ar livre. Para além disso, o sol e o ar quente vieram visitá-los. As crianças brincam no baloiço, no jardim e fazem jogos com a ajuda da educadora e da dona Ana, auxiliar.
Enquanto isso, o Duarte aproveita para rastejar no chão. “Duarte estás a sujar-te todo rapaz”, avisa dona Ana.

A “macaca” e o “pé coxinho” são desenhados no chão com giz pela Fátima que apoia as crianças nos jogos. “A Filipa é muito engraçada, é muito trapalhona e só faz batota”, diz a professora. Depois de tanta brincadeira é hora de fazer a higiene para almoçar.
Às 12h30, as crianças já estão sentadas para almoçar. Uns com mais fome e outros nem tanto, lá vão devorando o almoço feito pelas funcionárias da creche.

Barriga cheia é tempo de lavar os dentes e as mãos para descansarem. No salão, já estão dispostas as camas para se deitarem. As auxiliares e a educadora têm o cuidado de deitar todos os meninos e cobri-los com os mini lençóis.
Já passou mais de uma hora desde que as irrequietas crianças se deitaram. Alguns ficaram imediatamente a dormir, outros aproveitaram para ficar aos segredos com os amigos. Mas não é nada a que as funcionárias não estejam habituadas.

Chega a hora de voltar às actividades, mas antes disso a Joana e outros amigos têm de voltar à casa de banho.
Os ovinhos de papel estão quase prontos, mas ainda faltam alguns detalhes. Enquanto a educadora ajuda algumas das crianças a terminar, outras fazem actividades livres. A sala das brincadeiras é muito espaçosa, cheia de cor e com muitos objectos para os miúdos se entreterem.

A Margarida prefere brincar com o João no espaço do quarto. Já a Rita, o Duarte e a Mafalda brincam com os legos e os puzzles. “Não sei da peça que falta”, pergunta a Rita à Mafalda. Depois de encontrarem a peça que faltava, a Rita confessa sorridente: “adoro a Mafalda é a minha melhor amiga”.

A sala ainda dispõe de quadros, de mesas para as crianças fazerem os seus jogos e mesmo de uma miniatura de cozinha.
“Já só falta terminar a Sofia”, explica a educadora. Enquanto isso, as outras crianças voltam a arrumar os brinquedos. Como os ovinhos de Páscoa ainda precisam de algumas horas, se não dias, para secar a tinta e a cola, são deixados na prateleira ao ar livre.
Tudo acabado e arrumado, ainda há tempo para o recreio.

Às 4h da tarde, já as barrigas começam a rugir de fome, por isso todos se dirigem ao refeitório para lanchar. Feita a higiene, a campainha começa a tocar. São alguns pais ou avós que chegam, para vir buscar os seus meninos. Os que ficam ainda podem brincar mais um bocado, tanto na salinha, como no recreio ao ar livre.

“Ricardo, já está aqui a vivó para te levar, pega na tua mochilinha”, comunica a educadora.
“Tchau, Fatinha, e até amanhã”, responde o Ricardo sorridente, depois de um dia de muita brincadeira.
Uns mais tarde outros mais cedo, vão abandonando a creche por mais um dia. São 19 horas, as portas fecham-se e alguns meninos vão para casa já a pensar no dia seguinte.

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