sexta-feira, 29 de maio de 2009

Mais informações

Visite outros sites com informações relevantes sobre as creches e as crianças.

http://www.portalis.co.pt/

http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=29

http://www.coolkids.guarda.pt/content/poemas-para-criancas

http://diario.iol.pt/noticias/creches-governo-politica-criancas-maternidade-ue/829498-291.html

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1250496

http://www.rieoei.org/rie22a05.htm

http://www.paisefilhos.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=936&Itemid=60

www.correiodominho.com/noticias.php?id=2587

http://www.oparque.com/OParqueEnsinoPrimario/Content/Public/Servicos/Empresas/Beneficios.aspx


http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1349523

http://familia.sapo.pt/bebe/emocoes/outros/989479.html

http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=20331

http://www.aldeias-sos.org/

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"A função das creches é dar

estímulos"

Fátima Fernandes, educadora da creche, tem 32 anos e trabalha com crianças há sete anos. Neste colégio é professora desde que ele abriu, há três anos. E não esconde a sua satisfação, pois considera que é o melhor colégio por onde já passou. Em entrevista, revela-nos a sua opinião em relação à importância dos infantários.


Qual é a função de uma creche?




Acha que as creches podem trazer algum tipo de inconveniente para as famílias, visto que as crianças passam menos tempo com os pais?



Há diferença entre as crianças que frequentam uma creche e as que não frequentam?



É importante que os pais acompanhem o dia-a-dia dos filhos na creche?



Como é ser educadora de uma creche?



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"O meu envolvimento com

as crianças é total"



Sónia Silva, directora técnica da creche, começou por acolher crianças em sua casa, como ama, e hoje, dirige um infantário na cidade de Braga. A paixão pelas crianças era de tal forma grande, que teve necessidade de aprofundar o seu envolvimento com elas. Foi então que surgiu a oportunidade de abrir uma creche.




Qual é o seu grau de envolvimento com as crianças da creche?




Na sua opinião, qual é a importância das creches?



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"Eu colocaria os meus filhos

numa creche"

Bonifácia Braga, psicóloga de 28 anos de idade, encontra-se a realizar um projecto de desenvolvimento com as crianças da creche onde incidiu a recolha os nossos dados. A especialista em aprendizagem e crescimento cognitivo tem vindo a desenvolver um trabalho com estas crianças, particularmente na avaliação e apoio de conflitos entre si, e na creche.

Bonifácia Braga, para além de conferir uma grande importância às creches, também aponta este local como referência no desenvolvimento das crianças como pessoa humana.

Na sua opinião qual a função das creches?
Na minha opinião, as creches e jardins-de-infância têm um papel muito importante porque promovem o desenvolvimento relacional e cognitivo das crianças.

Até que ponto acha que as creches são uma necessidade para as famílias?
As creches poderão revelar-se uma necessidade para as famílias, e essencialmente para a criança, no sentido que a promoção e desenvolvimento que falei anteriormente serão acompanhados por técnicos especializados nesses domínios de acção.

Já trabalhou com vários tipos de crianças, nota diferenças entre aquelas que frequentam uma creche e as que não frequentam?
Existe efectivamente diferença entre os dois grupos de crianças. Embora a parte cognitiva possa ser devidamente desenvolvida em casa, é possível verificar diferenças a nível relacional e no que respeita à partilha de brinquedos e atenção dos adultos.

Acha que todas as crianças deviam frequentar uma creche?
Esta questão remete-me para um âmbito mais pessoal e, nesse sentido, devo concordar. Atendendo àquilo que considero e defendo ser a função das creches e jardins-de-infância, eu colocaria os meus filhos numa creche; a convivência com outras crianças e o contacto com a educadora e outros técnicos faz com que a criança desenvolva as competências relacionais e comece a desenvolver a noção do outro, numa perspectiva diferente do que é o contacto no ambiente familiar.

Quais os benefícios das creches?
O objectivo e função das creches é desenvolver as competências relacionais e cognitivas das crianças e, nesse sentido, são concebidas e realizadas actividades lúdicas e de aprendizagem dirigidas. Estas actividades respeitam o ritmo de desenvolvimento de cada criança e estimulam-na constantemente, promovendo a aprendizagem.

Acha que quando os miúdos estão numa creche os pais se afastam mais deles?
Não concordo que os pais se afastem mais das crianças quando elas frequentam uma creche; o que no entanto acontece em alguns casos é que os pais se desresponsabilizam, assumindo que a função de orientar e promover aprendizagem é única e exclusivamente dos técnicos que desenvolvem actividades na creche, e não investem na continuação do trabalho de estimulação da criança, imposição de regras e imposição de limites em casa.

Como é trabalhar com crianças?
O trabalho com crianças é muito satisfatório e compensador. Conseguem-nos surpreender tanto pela afectividade e capacidade relacional que têm, como pelas evoluções de desenvolvimento que vão sendo notórias em pouco espaço de tempo. É um trabalho muito motivador.

Na sua opinião, o papel das creches hoje em dia é muito importante na vida das crianças?
No sentido do que veio sendo dito anteriormente, considero sim que as creches têm um papel muito importante. Desde cedo as crianças são estimuladas e se promove constantemente o crescimento e desenvolvimento saudável tanto a nível das competências cognitivas como relacionais. Estas competências estão intimamente ligadas e o bom desenvolvimento das competências relacionais vai acompanhar o desenvolvimento das competências cognitivas, promovendo posteriormente a aprendizagem da criança.

Bonifácia Braga (entrevista via e-mail)

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quinta-feira, 28 de maio de 2009

Duas crianças diferentes

O menino espevitado

Desde os primeiros meses de vida, António (nome fictício) frequenta a creche.
O menino, muito desinibido e falador, tem hoje 4 anos e quando lhe perguntam quem é o seu melhor amigo não tem dúvidas a responder: “O Tomé é o meu melhor amigo, e meu maninho”, diz, com carinho. “Aqui na escola é o Rui”, acrescenta.

Uma das colegas mais velhas de António, Ana, auxiliar, não poupa elogios ao “pimpolho”: “Ele é fino, é muito esperto, o António, na minha opinião, é um menino muito inteligente e comunicativo”. “Interage tão bem com os adultos como com os coleguinhas”, acrescenta orgulhosa. No entanto, a auxiliar revela: “Mas tem um defeito. Quer ser sempre o primeiro em tudo, mas não pode”.

Muito falador e interveniente, como nos diz Ana: “Interrompe-nos imenso, tem que dar sempre a opinião dele”. António é uma criança muito activa, que, como a maioria das crianças, gosta de brincar: “Gosto de brincar nos cantos e ir para o jardim”, revela o próprio.

Diariamente, António convive na creche com os colegas. Começa o dia bem cedo. “Eu venho com o meu pai muito cedo para aqui”, diz com ar contente.
Ao fim do dia, todos os dias a rotina repete-se. É hora de regressar a casa, para no dia seguinte, voltar àquela que é a sua segunda família.
“Às vezes a mamã está atrasada por isso é o papá que me vem buscar”, conta António com um ar de satisfação.



“Brinca sempre sozinho”

O Ricardo (nome fictício) tem quatro anos e está apenas há um ano na pré-primária. É uma criança introvertida e irrequieta, segundo Ana, funcionária da creche: “Por exemplo, se estivermos a ver televisão ele não pára quieto, não se concentra”, talvez esta atitude se deva à sua recente chegada à creche”. Contudo, a funcionária que já se habituou ao carácter da criança, diz também que acredita que Ricardo goste do colégio, até porque está bem adaptado. A diferença é que vive no seu mundo “praticamente brinca sempre sozinho e está pouco desenvolvido”, esclarece.

Já a educadora, Fátima, concorda com a descrição da funcionária e acrescenta, no que toca à adaptação do menino, que: “adaptou-se bem, mas, ao mesmo tempo, é uma criança que tem dificuldade em interagir com os outros colegas”. Além disso, a educadora acha que Ricardo “é uma criança muito inteligente”, uma vez que, percebe tudo, mas da forma que lhe interessa. Entende à sua maneira. “A mãe dele diz que em casa já faz letras, mas aqui na creche não faz nada disso, não vejo nada dessas coisas”, revela a educadora.

É uma criança que prefere brincar sozinha e, segundo a educadora, “às vezes tem uma forma estranha de brincar, porque magoa as outras crianças”.
E quem confirma isso são as colegas Daniela e Maria: “O Ricardo, às vezes, bate a toda a gente”.

Ricardo vive, actualmente, com a bisavó a quem chama de vivó e de quem confessa gostar muito, com a avó e com a mãe, que está a divorciar-se do seu pai. Talvez pelo facto de estar há menos de um ano na creche, e pelo facto de viver com três mulheres, e desta forma a atenção ser direccionada toda para ele, Ricardo é uma criança mimada, mas também muito terna, confessa Fátima.

No entanto, e mesmo apesar do comportamento reservado no colégio, alguma coisa despertou mais o seu interesse e curiosidade na creche: “A primeira coisa que o cativou no colégio foi o escorrega, pois era uma coisa que não tinha em casa,” explica a professora.

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Um dia na creche

O sol ainda mal acabou de nascer. Mas, na creche, as funcionárias já estão de braços bem abertos para receber os “filhos da casa”. É mais um dia da semana, mais uma quarta-feira do mês, mais um dia do ano. A rotina repete-se. Os meninos vão chegando uns a seguir aos outros. Uns mais cedo, outros mais tarde, no entanto, até às 9h30 da manhã, todos tinham já ocupado o cabide da sua mochilinha, pois o horário de entrada é uma das regras da creche que desde sempre já se habituaram a cumprir.
O ambiente na sala é terno, mas ao mesmo tempo barulhento.

Oiça!


Não seria de esperar outra coisa, com 14 crianças a brincar e a partilhar brinquedos e brincadeiras entre si. A auxiliar e a educadora estão presentes, para os ajudar e corrigir naquilo que for necessário. A Fatinha, como os meninos a tratam, é vista como a coleguinha mais velha da sala. O relógio já marca 9h. Para aqueles meninos que já chegaram é hora do complemento alimentar. Todos ordenados e sentados recebem o reforço alimentar da manhã.

Entretanto, a campainha não pára de tocar, e o resto dos amiguinhos que ainda não chegaram vão chegando. São 9h30 da manhã, de mochila às costas vemos o Rui a entrar com uma carinha de sono. As crianças brincam e entretêm-se com os jogos, nos cantos da sala. O da cozinha está já ocupado pelo Gonçalo e pela Margarida.
A manhã vai já a meio, são horas das actividades orientadas.



A brincadeira deixa de ser livre e a educadora pede a colaboração de todos: “Vamos arrumar os brinquedos nos seus sítios? Vamos pôr tudo onde estava.”
As crianças de imediato obedecem e começam a organizar a sala, uns mais desenrascados, outros com mais dúvidas: “Está bem arrumado, está?”, pergunta um menino.

Como faltam apenas alguns dias para a Páscoa, a educadora ajuda as crianças a fazer ovinhos em papel, com os seus nomes. “Luís, olha, essa ponta do papel não está bem posta”, avisa.
Já falta pouco mais de uma hora para o almoço. Entretanto, os miúdos saem para o recreio. “Gosto muito do escorrega”, exclama o Ricardo.
As crianças sentem-se bem ao ar livre. Para além disso, o sol e o ar quente vieram visitá-los. As crianças brincam no baloiço, no jardim e fazem jogos com a ajuda da educadora e da dona Ana, auxiliar.
Enquanto isso, o Duarte aproveita para rastejar no chão. “Duarte estás a sujar-te todo rapaz”, avisa dona Ana.

A “macaca” e o “pé coxinho” são desenhados no chão com giz pela Fátima que apoia as crianças nos jogos. “A Filipa é muito engraçada, é muito trapalhona e só faz batota”, diz a professora. Depois de tanta brincadeira é hora de fazer a higiene para almoçar.
Às 12h30, as crianças já estão sentadas para almoçar. Uns com mais fome e outros nem tanto, lá vão devorando o almoço feito pelas funcionárias da creche.

Barriga cheia é tempo de lavar os dentes e as mãos para descansarem. No salão, já estão dispostas as camas para se deitarem. As auxiliares e a educadora têm o cuidado de deitar todos os meninos e cobri-los com os mini lençóis.
Já passou mais de uma hora desde que as irrequietas crianças se deitaram. Alguns ficaram imediatamente a dormir, outros aproveitaram para ficar aos segredos com os amigos. Mas não é nada a que as funcionárias não estejam habituadas.

Chega a hora de voltar às actividades, mas antes disso a Joana e outros amigos têm de voltar à casa de banho.
Os ovinhos de papel estão quase prontos, mas ainda faltam alguns detalhes. Enquanto a educadora ajuda algumas das crianças a terminar, outras fazem actividades livres. A sala das brincadeiras é muito espaçosa, cheia de cor e com muitos objectos para os miúdos se entreterem.

A Margarida prefere brincar com o João no espaço do quarto. Já a Rita, o Duarte e a Mafalda brincam com os legos e os puzzles. “Não sei da peça que falta”, pergunta a Rita à Mafalda. Depois de encontrarem a peça que faltava, a Rita confessa sorridente: “adoro a Mafalda é a minha melhor amiga”.

A sala ainda dispõe de quadros, de mesas para as crianças fazerem os seus jogos e mesmo de uma miniatura de cozinha.
“Já só falta terminar a Sofia”, explica a educadora. Enquanto isso, as outras crianças voltam a arrumar os brinquedos. Como os ovinhos de Páscoa ainda precisam de algumas horas, se não dias, para secar a tinta e a cola, são deixados na prateleira ao ar livre.
Tudo acabado e arrumado, ainda há tempo para o recreio.

Às 4h da tarde, já as barrigas começam a rugir de fome, por isso todos se dirigem ao refeitório para lanchar. Feita a higiene, a campainha começa a tocar. São alguns pais ou avós que chegam, para vir buscar os seus meninos. Os que ficam ainda podem brincar mais um bocado, tanto na salinha, como no recreio ao ar livre.

“Ricardo, já está aqui a vivó para te levar, pega na tua mochilinha”, comunica a educadora.
“Tchau, Fatinha, e até amanhã”, responde o Ricardo sorridente, depois de um dia de muita brincadeira.
Uns mais tarde outros mais cedo, vão abandonando a creche por mais um dia. São 19 horas, as portas fecham-se e alguns meninos vão para casa já a pensar no dia seguinte.

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A importância das creches


Numa altura em que no país se fala da importância do novo decreto-lei, que regula que todas as crianças têm de ter, no mínimo, um ano de pré-escolar, fonte da Lusa comunicou que, Portugal é o sexto melhor país da União Europeia, na cobertura nacional de creches para crianças dos zero aos três anos.



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